Cerca de 250 estudantes, acompanhados por professores do curso de Psicologia da Faculdade de Ilhéus, realizaram ações no centro da cidade, na manhã do último sábado, 9 de novembro, para conscientizar e alertar a população sobre os sintomas da ansiedade, transtorno que pode acometer as pessoas em determinado período da vida. O projeto faz parte do trabalho interdisciplinar do curso de Psicologia, este ano, focado no estudo da ansiedade, sua sintomatologia e as possibilidades de intervenção.
Segundo a coordenadora do curso de Psicologia, professora Thatyanna Rodrigues, “a ansiedade, embora seja uma resposta natural do ser humano frente ao novo ou a possibilidade de se perder o que conquistou; quando desadaptada, gera problemas de ordem emocional, física e funcional, como preocupação excessiva, medo, aceleração cardíaca, falta de ar, aperto no peito, tontura, dificuldades nos relacionamentos, nervosismo, mãos trêmulas, entre outros sintomas.”.
No primeiro semestre, foi feito o estudo da teoria referente à ansiedade, posteriormente contextualizado em um Seminário apresentado pelos alunos no auditório da Faculdade. O trabalho interdisciplinar é uma atividade que envolve os alunos do 1º ao 7º semestre. Mas também houve a participação dos alunos do oitavo ao décimo semestre, como atividade extra. A proposta é levar todo conhecimento teórico para a prática, e contribuir para que a comunidade, de forma pontual, descontrua os mitos sobre a ansiedade e as possibilidades de intervenção visando uma melhor saúde mental e qualidade de vida.
No evento, foi aplicada em adequação a escala DASS-21, avaliação de ansiedade, em um questionário do Google Docs, a fim de mensurar o nível de ansiedade das pessoas abordadas e interessadas. As pessoas identificadas com nível elevado de ansiedade foram encaminhadas para o grupo de alunos responsável pela intervenção.
Para auxiliar na abordagem, alunos se caracterizaram de outdoors humanos com alguns anúncios, a exemplo de “Já mediu sua ansiedade hoje?”, entre outros; Também houve a distribuição de instrumentos, construídos pelos alunos, que minimizam alguns sintomas de ansiedade, e a aplicação de técnica que diferenciam a ansiedade normal da ansiedade patológica.
Os estudantes procuraram orientar os cidadãos de que é possível administrar os sintomas da ansiedade através de técnicas da respiração, do relaxamento muscular e/ou da meditação, e informaram que ansiedade tem tratamento e que a Faculdade de Ilhéus possui uma clínica-escola de Psicologia que oferece gratuitamente esse tipo de acompanhamento.
Visitas às lojas - Além da abordagem de pessoas nas ruas, diversas lojas do centro da cidade foram visitadas por estudantes de Psicologia para falar sobre a ansiedade. A gerente da Loja Consul, Cláudia Ferreira, achou a atividade muito proveitosa, “A equipe estava toda aqui e duas alunas chegaram abordando o assunto e a gente achou bem interessante.”.
E acrescentou: “Outro dia, uma das minhas funcionárias foi, inclusive, parar na UPA, porque estava com um pico de ansiedade tão grande, que chegou a pensar que estivesse com algum problema cardíaco. Ela foi medicada e diagnosticada com ansiedade. E, hoje, com o panfleto, ficou bem mais claro que quando a gente tem esse tipo de problema, deve exercitar o corpo para se sentir melhor”.
Segundo a professora Ruana Silva, o interdisciplinar na praça tem a ver com a psicoeducação, para que as pessoas entendam alguns sinais de ansiedade em seu corpo e consigam identificar os sintomas até a busca por atendimento. Ela explicou que a equipe da Faculdade elaborou um card sobre cinco sinais que indicam se a ansiedade da pessoa está normal ou não e que fora distribuído no centro da cidade à população. “Nesse card tem um código QR que o sujeito coloca em frente ao aparelho celular, faz a fotografia do código e este remete a um site, construído pelos próprios alunos, onde há todas as informações sobre ansiedade.”, concluiu a professora.
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